quinta-feira, 13 de agosto de 2015

Veneza o terceiro poema - As sombras de Veneza


Veneza o terceiro poema – As sombras de Veneza

Há sempre tempo para uma sombra em Veneza.
Hoje, como nos tempos em que havia touradas e as tabernas improvisadas se colocavam à sombra das igrejas com os barris de vinho cobertos por grandes panos molhados. O vinho sela os encontros, multiplica a alegria do quotidiano suspenso por um intervalo magnético de festa. Surgem assim novas pontes, não de pedra mas de humana ligação, entre vozes e mãos, olhos e palavras. Tudo se liga no diálogo molhado pelo vinho e pela sombra.
Levo de Veneza uma ideia forte de encontros e de procura imediata de uma sombra. Onde a alegria acaba por se instalar no devagar nos minutos prolongados. Há sempre tempo para uma sombra em Veneza.   

José do Carmo Francisco 

(Fotografia de autor desconhecido)

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