domingo, 23 de fevereiro de 2020

Balada do Esteiro do Nogueira



Balada do Esteiro do Nogueira

(poema autógrafo para José Manuel Labareda)

Foi no Esteiro do Nogueira
Onde o Tejo tinha um braço
Que eu descobri a maneira
De ocupar o meu espaço.
Era num Jornal de parede
Na Escola de Vila Franca
O trapézio não tinha rede
A minha bata era branca.
E tantos anos passados
Desta primeira aventura
Jornais em todos os lados
São Fogo na Noite Escura.
Ou Fogueira de Vaidades
Uma questão de critério
As mentiras são verdades
Quando tomadas a sério.

José do Carmo Francisco 

(Fotografia de autor desconhecido)

quarta-feira, 12 de fevereiro de 2020

Azul tão azul



Azul tão azul

Nesta cor tão azul se desafia
Uma tempestade mais escura
Com os alicerces da alegria
Ela sabe a casa que procura.

Guarda-chuva virado ao vento
Sem defesa perante o temporal
Voz amiga fica num pensamento
Em que só o Bem domina o Mal.

José do Carmo Francisco

(Óleo de Quint Buchholz)