Balada para Helena menina
Em Jaen na Andaluzia
Em Úbeda, terra antiga
Helena foi uma alegria
Um amor de rapariga
Azeitona pequenina
No ramo da oliveira
Helena mulher-menina
No calor desta lareira
No signo do Aquário
Esta luz peninsular
Dia extraordinário
Na vertical do lugar
Ficou feliz a família
À volta desta figura
O berço não é mobília
Os lençóis são a ternura
O tempo não corre, voa
Entre estradas e caminhos
Mas de Madrid a Lisboa
Não vão faltar beijinhos
Que os filhos são juízes
A julgar nosso futuro
Por eles somos felizes
Num tempo tão inseguro
Investimento, esperança
Dividendo a quem souber
Vai adormecer criança
Para acordar já mulher
Balada que se termina
Numa palavra serena
Regista, canta, ilumina
O doce olhar de Helena
José do Carmo Francisco
(O óleo é de Maki Hino)
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