Poema para um
verso de Fernando Assis Pacheco
Se fosse Deus
parava o sol sobre Lisboa
No instante da sua força ao meio-dia
Como se a cidade fosse uma pessoa
A entrar na eternidade da fotografia.
A preto e branco como são as colinas
No coração de quem amou esta cidade
Em encontros e mensagens clandestinas
Para o sonho que se perdeu e é saudade.
Este prédio já foi o palácio Galvão Mexia
Ficaram os alicerces da antiga construção
As paredes contam a história de cada dia
A quem as souber escutar com atenção.
Depois é o ruído da água em surdina
Na fonte onde o garoto vende jornais
Descalço e de barrete chega à esquina
Duma vida feita de horas sempre iguais.
José do Carmo
Francisco
(O óleo é de Oleg Basyuk)
Muito interessante esse pequeno poema!! Muito interessante a fotografia/pintura que o acompanha. Coisinhas muito belas,adorei ler e ver. Beijinhos fofinhos e até breve!!
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