sexta-feira, 13 de julho de 2018

Poema periférico para Fernando de Castro Branco


Poema periférico para Fernando de Castro Branco

Estamos os dois na morte de John Wayne
Aliás Marion Michael Morrison de seu nome
Lá pelos idos de 1979 tinha o Fernando 20 anos.
Os facínoras andam a monte na maior impunidade
E estou à espera de homens bons para uma posse
Mas do xerife não há nada nem novas nem mandados.
Estamos os dois e eu também penso que afinal Deus
É da Ovarense quando se trata do assunto basquetebol
E os campeonatos se perdem a três segundos do fim.
Sem todos os contactos desde Maio do ano de 2010
Que fazer agora que recuperei de novo o livro perdido
E assinado num encontro em Vila Nova de Foz Côa?
Talvez seja possível um novo encontro noutro barco
A subir o Douro entre vinho fino e amêndoas torradas
Até ao novo tempo dum novo livro assinado por si.
Um bando de corvos sobrevoa estes pensamentos
Seja aqui ou em Londres junto a Blackheath Park
Onde os meus dois netos correm sem olhar para trás.

José do Carmo Francisco      

(Fotografia de Autor Desconhecido)

Sem comentários:

Enviar um comentário