quarta-feira, 18 de dezembro de 2019

Azeite



Azeite

             (para uma exposição em Proença-a-Nova)

Se um búzio na madrugada
Punha o rancho a caminho
Na serventia ou na estrada
Ninguém ficava sozinho.
Se a azeitona miudinha
Traz a terra e a geada
Hoje esta chuva vizinha
Foi fria e inesperada.
Lembra-me este olival
Uma mina de carvão
O negro forte é sinal
Em cinco dedos da mão.
Cinco litros azeite puro
Por cada saca ao lagar   
Nos caminhos do futuro
A luz do Mundo a cantar.

José do Carmo Francisco

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