segunda-feira, 21 de outubro de 2019

Cantiga Catarinense



Cantiga Catarinense

Novembro Natal à porta
E a festa da Padroeira
Poesia em hora morta
A quadra é uma cadeira.
Quatro versos são pernas
Dá o resumo do Mundo
Com palavras modernas
Um sentimento profundo.
Entre ser bom e ser mau
Vai o menino ao leilão
Carne, louro e colorau
Leva um prato na mão.
Com tanto sol tanto pó
Cavacas doces com vinho
Não vejo pena nem dó
Para o rapaz mais sozinho.
Rebentou-lhe o morteiro
A mão ficou esfacelada
O tempo era verdadeiro
E ninguém dava por nada.
Está no ar uma cantiga
No tempo nunca distante
É uma voz de rapariga
Que fica no altifalante.

José do Carmo Francisco

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