sábado, 16 de setembro de 2017

Poema Mais periférico



 Poema mais periférico     (para Fernando Venâncio)

Uma colheita perdida de palavras
Em «Os esquemas de Fradique»
Na prateleira dum alfarrabista.
No país que não lê os seus autores
Não admira este gesto das élites
Quando o livro fica fora do circuito.
Mas alguém o compra para o ler
Dezoito nos depois da dedicatória
Num Mundo que não pára de mudar. 
Periférico, marginal, sem as atenções
O livro está por fim no seu lugar
De onde parece nunca ter saído.

José do Carmo Francisco

(Ilustração de Walter Humphrey)

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