A casa que não é minha 
Mas onde me sinto bem 
Os galos de manhãzinha 
Não deixam dormir ninguém 
O vento traz a frescura 
Que bate à porta do Verão 
Uma varanda segura 
Longe da maior confusão
A janela dá para o mar 
O pinheiro serve de espelho
Que reflecte a luz do lugar 
No moinho branco e velho
Caldeirada de paciência 
Faz refeição de alegria 
Entre a arte e a ciência 
Esplendor de gastronomia
Entre o mar e a montanha 
A casa é balcão voltado 
Para uma luz estranha 
Que vem ter a este lado
Nesta escada da paisagem 
Com o mar aqui defronte 
É no azul desta viagem 
Que desenho o horizonte 
A casa que não é minha 
Mas onde me sinto bem 
A serra é nossa vizinha 
O mar fica mais além
José do Carmo
Francisco   
(Fotografia de Autor Desconhecido)
(Fotografia de Autor Desconhecido)

 
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