quarta-feira, 16 de abril de 2014

Balada da casa da Ericeira


Balada da casa da Ericeira

A casa que não é minha
Mas onde me sinto bem
Os galos de manhãzinha
Não deixam dormir ninguém

O vento traz a frescura
Que bate à porta do Verão
Uma varanda segura
Longe da maior confusão

A janela dá para o mar
O pinheiro serve de espelho
Que reflecte a luz do lugar
No moinho branco e velho

Caldeirada de paciência
Faz refeição de alegria
Entre a arte e a ciência
Esplendor de gastronomia

Entre o mar e a montanha
A casa é balcão voltado
Para uma luz estranha
Que vem ter a este lado

Nesta escada da paisagem
Com o mar aqui defronte
É no azul desta viagem
Que desenho o horizonte

A casa que não é minha
Mas onde me sinto bem
A serra é nossa vizinha
O mar fica mais além

José do Carmo Francisco  

(Fotografia de Autor Desconhecido)

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