As maçãs de Marta (Divertimento)
São vinte e nove as caixas de madeira
A caminho do frigorífico num casarão
A terra ficou vermelha em sementeira
Foi o vento que à noite as pôs no chão
Lá as maçãs vão durar até Fevereiro
Resistindo à passagem das estações
Marta colou nestas caixas um letreiro
A fim de evitar possíveis confusões
Vejo as maçãs de Marta em Espanha
Na página dum livro semi-apodrecidas
A sua terra ficou ainda mais castanha
Juntando no meu poema as duas vidas
Marta López, minha amiga em poesia
Marta Lopes, minha filha mais pequena
O poema as veio juntar num fim de dia
Criando uma alegria profunda e serena
José do Carmo
Francisco
(O óleo é de James Borger)
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