Senhora da Boa Viagem
As mais belas colchas nas
janelas
Flutuam como bandeiras dum
país
Nas filas da Filarmónica
paralelas
Eu sou de novo um menino
feliz.
Vi o rapaz da Biblioteca no andor
Reconheço um anjinho disfarçado
O vento que nos refresca do calor
Diz que já andou por todo o lado.
Perdido entre andores e
bandeiras
Entre o pálio e pendões
dispersos
Sinto logo saudades
verdadeiras
Da poesia sem linhas e sem
versos.
Um tempo onde tudo era imenso
E a morte na verdade não existia
Na mistura do sol com o incenso
A procissão era o lugar da alegria.
José do Carmo
Francisco
(fotografia de autor desconhecido)
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