sexta-feira, 13 de agosto de 2021

Breve poema nº 45 para Ana Isabel

 


Breve poema nº 45 para Ana Isabel

Meu neto Lucas passa todos os dias à porta da casa onde viveu Charles Gounod, ali a meio caminho entre Blackheath Park e o Paragon, com os patos, os ventos e os papagaios de papel.

Quando no telefone o ouço ao piano na perseguição do tom mais perfeito para uma próxima apresentação pública, percebo melhor como toda a obra de arte (até a arte pobre das palavras) precisa do seu tempo de oficina. 

Afinal os aplausos na Sala do Conservatório atingem um valor elevado pois são o preço do trabalho obscuro e continuado que foi preciso fazer para os alcançar.

José do Carmo Francisco


Sem comentários:

Enviar um comentário