quarta-feira, 2 de janeiro de 2019

Balada para Ana Isabel



Balada para Ana Isabel

Nesta visita à infância
Em quotidiana rotina
Logo se quebra distância
Na voz da mulher-menina.
Seja Inverno ou Verão
Outono ou Primavera
A multiplicada paixão
Tem uma criança à espera.
Está na força não pequena
Que transpira desta mesa
A razão da mais serena
Muralha da fortaleza.
São escritoras são actrizes
São rainhas ou princesas
Também as imperatrizes
Usam as letras acesas.
Venha dum livro sagrado
Ou duma lenda de Baal
O nome está registado
Na História de Portugal.
Uma santa foi rainha
Com as rosas feitas pão
No avental de cozinha
Um amor tinha razão.
Na mesa de despedida
Histórias e ilustrações
A ternura recolhida
Vai nos jovens corações.

José do Carmo Francisco 

(Óleo de Gleb Barabanschikov) 

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