Monserrate, o muro
O som do mar alcança este
muro
Que separa o arvoredo e a
estrada
Aqui não há passado nem
futuro
E a vida passa sem dar por
nada.
O peso do silêncio está nos espaços
A envolver uma sombra e uma figura
Na estrada não se ouvem passos
E a espuma das ondas traz brancura.
Mundo animal, vegetal e
mineral
São tempos fechados no
portão
Fechadura anuncia um novo
sinal
E separa todo o instinto
da razão.
Nas sombras, nos sinais e nas vozes
Se fixa um tempo dimensionado
Entre quem nos carros mais velozes
Vai levando esta paz a todo o lado.
José do Carmo
Francisco
(Poema que faz parte do livro, "O Jardim que o Pensamento Permite", antologia poética sobre Monserrate)
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