Balada para um encontro
Nome de guerra, Silvina
Mapa antigo da cidade
Levanta a voz cristalina
Para dizer sua verdade
As ruas, igrejas e praças
São História por camadas
Em cima guerras, desgraças
Em baixo glórias passadas
Nome de guerra, Silvina
Entre clássico e moderno
Traz uma voz de menina
Ao tempo que é eterno
Fazendo viver de novo
A narração do conflito
E na memória do povo
Já é a figura de
mito
Nome de guerra, Silvina
Num teatro de poesia
Diz adeus na sua esquina
Convoca uma alegria
Que nos cafés do Rossio
Teimosa todos os meses
Mesmo no tempo do frio
Aquece a voz dos fregueses
José do Carmo Francisco
(Fotografia de Autor Desconhecido)