sábado, 22 de outubro de 2016

Balada para o caderno de Teresa


Balada para o caderno de Teresa

Quando chegou um azulejo/ Pelo correio de surpresa
Aproveitando esse ensejo / Vem um bloco de Teresa.
Com um retrato antigo / Da ponte de Portimão
Estão homens de castigo / A olhar um ribeirão.
Arade com seus momentos  / Com marés do grande mar
Entre a Lua e os ventos  / Os barcos estão a oscilar.
Presos os cabos na margem / À espera do marinheiro
Numa nocturna viagem / Solitária e sem parceiro.
Só a luz duma lanterna / Com um vidro pintado
Aguardente de taberna / E um figo seco passado.
Luz que dentro do caderno / Se acende toda em beleza
Faz um poema moderno / No sorriso de Teresa.

José do Carmo Francisco

(Fotografia de Nuno Perestrelo)

1 comentário:

  1. A vida tem graça...
    Só hoje (20/12) recebi a carta que me enviou em Outubro. Culpa de uma caixa de correio que, mesmo sem mãos, agarrou o envelope nas suas entranhas! Cumpriu zelosamente a sua missão e só a deixou sair quando entendeu. Foi assim que hoje recebi uma prenda de natal. Obrigada, amigo! Gostei muito! Boas Festas!!

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