domingo, 20 de dezembro de 2020

Poema autógrafo para Ana Santos Barros

 



Poema autógrafo para Ana Santos Barros
 
Partimos sempre de fotografias
Mesmo que não haja películas
Ou os negativos para revelar.
Às vezes é uma memória feliz
Encontro no balcão dum Banco
Almoço no refeitório das Caixas.
Neste caso seria Jardim da Estrela
Tudo nos quatro a preto e banco
E uma das meninas está de vestido.
Terá sido em 1983 e está tudo igual
No Jardim, nas ruas e nas sombras
Que envolvem as legendas do filme.
Será isso afinal: somos só memória
Porque o nosso passado não passou
E está à porta do Jardim da Estrela.
 
José do Carmo Francisco 
 
(Fotografia de autor desconhecido)