quinta-feira, 30 de junho de 2022

Novo poema nº 17 para Ana Isabel


Novo poema nº 17 para Ana Isabel

Às vezes o poema está nas costas de um sobrescrito usado, outras num qualquer resto de fotocópia que uma tesoura cortou; é sempre um espaço em branco e um desafio.

Chamam-lhe arte pobre porque vive do lápis barato ou da esferográfica oferecida por uma Câmara Municipal, nasce sem precisar de luxo público nem de distinção particular.

Porque é da grande escassez de meios que a voz do Homem ganha força e se eleva para cantar ou para reflectir sobre tudo aquilo que não se pode dizer de outra maneira.     

José do Carmo Francisco 

(Fotografia de Luís Eme - Lisboa)   

 

quarta-feira, 8 de junho de 2022

Novo poema nº 16 para Ana Isabel


Novo poema nº 16 para Ana Isabel

Na grande Feira da Rio Maior em 1955 ouvi uma mulher cega cantar assim: «foi numa aldeia alentejana mas que horror/que uma mãe matou três filhos duma vez.

Desgraças, crimes e misérias sempre houve e haverá no Mundo; está tudo explicado na Bíblia e nas Obras Completas de William Shakespeare.

Porque a única resposta à Morte é a Vida, o mesmo é dizer - a juventude de uma mulher feita bandeira de um amor pleno, forte e infinito.

José do Carmo Francisco