Novo poema nº 37 para Ana Isabel
Há uma
sombra entre a joeira e o corpo de quem a trabalha para fazer subir a palha e o
feijão à procura do sopro de brisa capaz de separar o que o malho na eira não
conseguiu.
Este mágico
ritual que se repetiu de geração em geração, corre o risco de, em pouco tempo,
não ter continuidade nem na família, nem na aldeia, nem no Mundo.
Porque são outros os caminhos e os processos, os tempos e as expectativas; tal como o trigo cujos silos são hoje ninhos de microempresas, o feijão chega em latas às prateleiras dos supermercados.
José do
Carmo Francisco
(Óleo de Antal Neogrady)
Muito bom e crítico quanto baste! (Soledade Martinho Costa)
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