Poema periférico para Luísa Amaro
Os Ilhéus de Langerhans estão longe
Fora do mapa do turismo e das férias
Longe da vida e do sol das manhãs.
Esse homem foi
professor em Friburg
Ló onde estudou a
fundo o meu caso
Que afinal é igual
em todo o Mundo.
Há 40 anos no «Popular» o meu poema
Tinha as três palavras «Na tua morte»
Porque todo o poema é uma resposta.
Todas as manhãs há
uma a menos
Mas o Mundo esse
não pára de rodar
Como as músicas do
seu próximo CD.
Escrever é aqui uma maneira de sofrer
Para que o pó se perca na posteridade
E a canção seja mais forte que a lágrima.
Tinha razão o poeta
Ruy Belo a escrever
«O medo da morte é
a fonte da arte»
Por isso se junta o
que a morte separou.
José do Carmo Francisco
(Fotografia de autor desconhecido)
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