Poema periférico
para João Moreira
Há
uma Charneca na Terra da Verdade
Uma
Lezíria e um Bairro com moínhos
Nesse
lugar entre o Campo e Cidade
Chega-se
a todo o lado sem caminhos.
Os lugares onde
afinal cada imagem
Das velas do
moinho como um veleiro
São o convite
recusado a uma viagem
No circo a dar a
volta ao Mundo inteiro.
Charneca,
Lezíria e Bairro num sorriso
Ribatejo
um grande amor sem medida
Saiu
do seu lugar quando foi preciso
Mas
voltou a Santarém numa corrida.
Agora está sem
moinho num outeiro
Onde o vento nos
empurra todo o dia
Logo vai voltar
disfarçado de moleiro
Com os sacos de
farinha e de alegria.
José do Carmo Francisco
(Fotografia
de autor desconhecido)
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