E tem tudo a ver com a Geografia
(poema autógrafo para Carlos Nogueira)
Tombou sobre a Cidade uma chuva
Capaz de enlouquecer semáforos
No fim da tarde do Campo Grande.
No Largo do Rato a
mesma coisa
Não anda nem
desanda o tráfego
Parado lá para a Dom
João Quinto.
Quando cheguei à Torre do Tombo
Estava em Amarante com O´Neill
Desça que já não há nada a fazer!
Aqui era o Mercado
Geral de Gados
Onde pelo ano de 42
o adolescente
Viu no carro da
PIDE a mão a acenar.
O poema é a maneira de não morrer
Numa fresta do carro celular ronceiro
Com gente de Alhandra e Vila Franca.
Havemos de voltar a
marcar encontro
Ou Vigo ou Valongo ou
Pai do Vento
Talvez a Teresa
volte a ter 19 anos.
Com sorte temos o bolo de iogurte
Feito pela Dona Alice só para nós
E para o Eduardo Guerra Carneiro.
Se o tempo quente
lembrar a praia
Ouvimos mulheres a
chamar os filhos
Luís Vítor Bruno
Manuel Mafalda Sofia.
Alexandre O´Neill pode até aparecer
Do lado da Rua da Escola Politécnica
E tem tudo a ver com a Geografia.
José do Carmo Francisco
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