Camisola a preto e branco
(poema autógrafo para Carlos Lobão)
Às segundas-feiras logo de
manhã
Os jornais aqui não dão os
resultados
Mas nem por isso nós somos
menos
A caminho da pequena
posteridade.
Quando a equipa chegou do Funchal
Havia crianças com ramos de flores
E o som feliz da nossa Filarmónica
Misturava a voz da Terra com o Mar.
No átrio todos estão à minha
espera
Hoje eu sou um dos rapazes do
andor
Levo a camisola lavada dum
defesa
E já sei que não me posso
demorar.
Se eu estiver atónito e comovido
Não tomem a sério nem reparem
Afinal é só uma nuvem de incenso
A brasa era grande como o soluço.
José do Carmo Francisco
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