Segunda balada
para o Museu da Carrapateira
No
milho as sete meninas
Com
o homem a fazer par
As
águas frescas das minas
Matam
a sede de cantar.
Na várzea desta
ribeira
Tudo se dá tudo se
cria
À noite junto à
lareira
A ceia é sempre
alegria.
Lugar
feliz, verdadeiro
Do
cansaço da colheita
Tulhas
cheias no celeiro
Da
sementeira perfeita.
Linha de separação
Entre a terra e o
mar
E corta a
respiração
A quem veio
espeitar.
Ali
qualquer distracção
Pode
perder uma vida
Presa
à corda com a mão
Pescaria
apetecida.
Na mesa do
restaurante
Em forma de um
petisco
Num lugar longe
distante
Ninguém lembra
esse risco.
José do Carmo Francisco
(fotografia
de autor desconhecido)
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