Balada do Cais da Cortiça
Cais da cortiça, vapores
A caminho de Lisboa
Samarra de lavradores
Contra o frio da proa
A água do cantarinho
O mestre tem na cabina
É do poço do vizinho
Onde a rua faz esquina
As galeras de Pegões
Chegam aqui de manhã
Entre os gritos e razões
Na cadeia comarcã
E a gente dos escritórios
Nas janelas da prisão
No maço de Provisórios
Cada cigarro um tostão
Em certas ocasiões
Vem a carga diferente
A galera traz melões
Matam a sede à gente
Com rodas de camioneta
São outras velocidades
Viagem quase secreta
Entre duas localidades
Entre Montijo e Pegões
Levam a carga que calha
Ou o ferro para portões
Ou vinte fardos de palha
E esta galera continua
Numa memória já morta
Já vem na curva da rua
Onde estou à minha porta
José do Carmo Francisco
Cais da cortiça, vapores
A caminho de Lisboa
Samarra de lavradores
Contra o frio da proa
A água do cantarinho
O mestre tem na cabina
É do poço do vizinho
Onde a rua faz esquina
As galeras de Pegões
Chegam aqui de manhã
Entre os gritos e razões
Na cadeia comarcã
E a gente dos escritórios
Nas janelas da prisão
No maço de Provisórios
Cada cigarro um tostão
Em certas ocasiões
Vem a carga diferente
A galera traz melões
Matam a sede à gente
Com rodas de camioneta
São outras velocidades
Viagem quase secreta
Entre duas localidades
Entre Montijo e Pegões
Levam a carga que calha
Ou o ferro para portões
Ou vinte fardos de palha
E esta galera continua
Numa memória já morta
Já vem na curva da rua
Onde estou à minha porta
José do Carmo Francisco
´
(fotografia de autor desconhecido)
Sem comentários:
Enviar um comentário