Novo poema nº 31 para Ana Isabel
A selva do
anacoreta é o ponto mais radical da solidão e a juventude da mulher o lugar
ambicionado do encontro; de um lado a tristeza, do lado oposto a alegria, de um
lado o peso da escuridão, do lado oposto a força da luz.
São dois
caminhos, dois mundos, duas maneiras de ser no tempo e no espaço: o poeta
oscila o seu discurso entre o sofrimento e o júbilo porque parte do vazio mas
não desiste do amor.
Porque o
fascínio da vida está nessa tentativa, nesse esforço, nesse olhar que não
desiste da procura de uma outra luz por oposição ao diário cinzento do
quotidiano.
José do Carmo Francisco
(Fotografia de Luís Eme - Almada)
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