Novo poema nº 28 para Ana
Isabel
Tempo de nem livros nem
chocolates, nem horizontes vários nem sabores reconhecidos por quem se demora
no cadeirão à procura dum impulso para escrever.
Uma biografia pessoal de
setenta anos, ao mesmo tempo íntima e pública, está sempre pronta a ser dita em
voz alta que é outra das muitas maneiras de escrever.
Porque nesta oficina da
escrita as ferramentas estão alinhadas junto à janela e as palavras posteriores
esperam o poema em silêncio no torno da obscura arte final.
José do Carmo Francisco
(Óleo de Carl Larsson)
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