Novo
poema nº 17 para Ana Isabel
Às
vezes o poema está nas costas de um sobrescrito usado, outras num qualquer
resto de fotocópia que uma tesoura cortou; é sempre um espaço em branco e um
desafio.
Chamam-lhe
arte pobre porque vive do lápis
barato ou da esferográfica oferecida por uma Câmara Municipal, nasce sem
precisar de luxo público nem de distinção particular.
Porque é da grande escassez de meios que a voz do Homem ganha força e se eleva para cantar ou para reflectir sobre tudo aquilo que não se pode dizer de outra maneira.
José do Carmo Francisco
(Fotografia de Luís Eme - Lisboa)
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