Balada
dos meninos do Montijo em 1958
Os
meninos tão diferentes
E
já passaram tantos dias
Trazem
os olhares quentes
No
fervor das nostalgias.
Tantos anos terão passado
Sobre a foto tão singular
Andamos por todo o lado
Voltamos sempre ao lugar.
E
até a côr do retrato
Está
no tempo passado
Castanho,
sépia, exacto
Num
desenho recortado.
O tempo desses meninos
É um profundo mistério
Por cada um dos destinos
Entre o cómico e o sério.
Sobre
o processo mental
De
quem guardou o incenso
Há
um olhar principal
Um
tempo inda suspenso.
Na naveta da memória
Nas casas da nostalgia
Estamos todos na glória
De cantar em cada dia.
José
do Carmo Francisco
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