Poema
periférico para Rafael Carvalho
Nesta
viagem duma viola que não cansa
De
ouvir porque tem em si dois corações
Há
um tempo de teimosia e de esperança
Num
espaço onde não chegam as razões.
«Origens» pois então só hoje eu ouvia
Um CD que há meses estava fechado
Eu desperto para um pleno de alegria
Dum som que vai comigo a todo o lado.
Som
guardado do lado do coração
O
lado mais sensível e mais sereno
Dum
corpo que acende uma paixão
Sem
ter as coordenadas no terreno.
Dois corações são símbolo e bandeira
Da música que nos dá a voz da terra
Capaz da emoção mais verdadeira
Que fica no poema em pé de guerra.
José
do Carmo Francisco
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