Balada do Cais das Colunas
Cais das
Colunas, janela
Do Tejo, do
Mar da Palha
Registas um
barco à vela
Que noite e
dia trabalha
Bote, batel
ou canoa
Bateira,
falua, enviada
Traz o peixe
de Lisboa
No preço de
quase nada
Varino,
muleta, fragata
Cangueiro, proa
redonda
Catraio onde
a serenata
Não tem voz
que responda
E a palha
que deu nome
Ao mapa
deste estuário
Pode ser
sinal de fome
Num lugar ao
contrário
Da Chamusca,
alagados
Os campos
sem animais
Sobe a água
nos valados
Há notícias
nos jornais
Mistério, o
Tejo amplia
Em homens e
cacilheiros
E na faina
do dia a dia
Os sonhos
são verdadeiros
E povoam
todo o luar
Da noite do
que persiste
As horas de
trabalhar
Não dão para
ser triste
Inscrevem-se
na paisagem
Nos barcos,
mercadoria
Ligam uma,
outra margem
Na mais
teimosa alegria
José do Carmo Francisco
(Foto de Luís Milheiro)
serenata sem voz que responda. fiquei a pensar, sorriso em cantos de boca, nisto.
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