segunda-feira, 16 de junho de 2025

Nova marcha de Santa Catarina

 

(Lisboa 14-6-2025, dedicado a Luís Almeida)


Nova marcha de Santa Catarina

Dizem que veio de Espanha
Quem ensinou esta arte
Podia ser da Alemanha
Ou até da Grâ Bretanha
O Mundo é uma só parte.
Começou em oficinas
Gente da casa e dos povos
Unidades pequeninas
Com cornos das Argentinas
Para fazer cabos novos.
Santa Catarina
Teus navalheiros
São a tua imagem
São os primeiros.
Santa Catarina
Meu sentir profundo
O teu nome chega
A todo o Mundo.
Nas Relvas ou Granja Nova
Seja qual for o lugar
Na Quinta da Ferraria
No Peso ou na Vigia
Toca a roda a amolar.
Penas e Casal da Azenha
Seja a Mata ou a Portela
Não há quem te detenha
És a beleza estremenha
És a mais linda aguarela
Santa Catarina
Teus navalheiros
São a tua imagem
São os primeiros
Santa Catarina
Meu sentir profundo
O teu nome chega
A todo o Mundo
 
José do Carmo Francisco

(Fotografia de autor desconhecido)

sábado, 31 de maio de 2025

Canção trigésima sétima para Ana Isabel


Canção trigésima sétima para Ana Isabel

Havendo até quem duvide
Mas este lugar ajardinado
Já foi uma Escola da PIDE
Num pretérito passado.
Há quem teime e insista
Querem apagar a História
O Arquitecto paisagista
Só diploma, não memória.

José do Carmo Francisco

(Fotografia de autor desconhecido - o povo a assistir à ocupação da Escola pelos Militares na Revolução de Abril)


segunda-feira, 26 de maio de 2025

Canção breve para Rui Borges


Canção breve para Rui Borges

Nos mistérios do Destino
Mas seja lá o que isso fôr
Há um escritor argentino
E um português treinador.
De Moncorvo a Mirandela
Esse nome Borges é igual
Está uma Cabala à janela
Da Argentina a Portugal.

José do Carmo Francisco

(Fotografia de autor desconhecido)


 

segunda-feira, 19 de maio de 2025

Canção breve para o Sporting de 1928

 

Canção breve para o Sporting de 1928


No bicampeão português
E quase cem anos depois
Vejo António, um marquês
E na defesa os outros dois.
Jorge Vieira um operário
Cipriano um marinheiro
No seu combate diário
São três leões por inteiro

José do Carmo Francisco

(Fotografia de autor desconhecido)


domingo, 11 de maio de 2025

Musa em memória de esplanada

 


Musa em memória de esplanada
 
Onde outrora havia o gás
E uma bomba de gasolina
A musa é um selo de paz
Na esplanada desta esquina.
 
Apenas o TOFA se mantém
Nas doces saquetas eternas
E quase não para ninguém
São as esplanadas modernas.

José do Carmo Francisco

(Fotografia de Luís Eme)


sexta-feira, 9 de maio de 2025

Musa em fim de semana

 


Musa em fim de semana
 
Quando chega a sexta-feira
Nas folhas dum calendário
Na Quinta da Regaleira 
O tempo passa ao contrário.
 
A musa abre um império
De sonhos e de segredos
No poço que é um mistério
O som do mar nos penedos.

José do Carmo Francisco  

(Fotografia de Luís Eme)

sábado, 5 de abril de 2025

Canção para os nove anos do António

 


Canção para os nove anos do António

No meu tempo de criança
(que eu já tive esta idade)
Existiu sempre uma aliança
Entre o Amor e a Verdade.
Passo o tempo em revista
Fica frase que me doeu
«Os filhos do motorista
Não estudam no Liceu».

José do Carmo Francisco

(Fotografia de Luís Eme - Lisboa)

 

sexta-feira, 14 de março de 2025

Canção nº 93 do Messenger

 


Canção nº 93 do Messenger

É um abraço apertado
De confiança e ternura
Daniel tem a seu lado
A menina bem segura.
Eles olham o presente
À procura dum futuro
Onde caiba toda a gente
Um tempo certo e seguro.

José do Carmo Francisco

(Fotografia de JCF)


terça-feira, 25 de fevereiro de 2025

Musa em côr de vinho

 


Musa em côr de vinho
 
O vinho é o tempo engarrafado
O álcool, o açúcar, o frio e o calor
Das caves viaja para todo o lado
Chega às mesas dum imperador.
 
Na festa da vindima terminada
Se regista uma alegria repetida
Havia homens em fila na estrada
Cada dia surge de novo outra vida.

José do Carmo Francisco

(Fotografia de Luís Eme - Lisboa)


quarta-feira, 5 de fevereiro de 2025

Canção nº 68 para CR7

 


Canção nº 68 para CR7

Quando ele caiu na Avenida
Junto ao Marquês de Pombal
Rasgou um pouco da vida
E chorou sobre aquele mal.
Vinte e oito anos passados
Do encontro com a senhora
Não tem joelhos esfolados
Tem quarenta anos agora.

José do Carmo Francisco 

(Fotografia de autor desconhecido)